Poema escrito por Ramyro da Fonseca e enviado à esposa, do General António Óscar de Fragoso Carmona (1869-1951), D. Maria do Carmo de Fragoso Carmona, quando a Igreja de Vidago se encontrava em construção.
À Ilma. Exma. Senhora Dona
Maria do Carmo de Fragoso Carmona
No plaino, à luz do sol, inacabada,
Levanta-se a Igreja de Vidago;
a primeira a olhar a Madrugada,
a última no Poente de oiro vago...
Ainda não tem teto nem Altar.
- Guardada pela Noite...E as estrelas
cobrem-na de diamantes, se o Luar
diz missa no seu Livro-de-Horas-Belas...
Fui vê-la num momento de tristeza.
- Também estava bem triste a natureza -
Entrei; depois, parando mesmo ao centro
da nave, em pensamento, - vi-a pronta.
"Que linda!", murmurei, como quem conta:
"Tão pequena! Mas Deus...cabe cá dentro".
Ramyro da Fonseca
É com este poema que me despeço por hoje e desejo-vos um óptimo domingo.
Um abraço e até breve....
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