quinta-feira, 28 de junho de 2012



Amemos a terra, que ela agradece-nos!

Nesta altura do ano, essencialmente no meio rural, ainda vamos encontrando uns pequenos pedaços de terra granjeados onde se desenvolve uma quantidade de produtos que, quase todos os dias, nos chegam à mesa e tão importantes se tornam numa alimentação saudável: batatas, couves diversas, cenouras, cebolas, tomates, pimentos, pepinos, alfaces, feijão-verde, salsa, coentros e outros produtos agrícolas. Normalmente, são exíguos espaços de solo fértil e que têm a possibilidade de fácil acesso a água. Quase sempre, as pessoas que se dedicam ao amanho desses pedaços de terra fazem-no porque amam a terra; encontram nesse trabalho uma ocupação saudabilíssima dos seus tempos livres; exercitam o físico e, não menos importante, se compensam no consumo à sua mesa dos produtos que, carinhosa e saudavelmente, criaram.

Porém, este exemplo não é, lamentavelmente, seguido por muita gente que, em muitos casos, tem condições excelentes para o levar a cabo. Apenas falo do que conheço. Quantos pedaços de terreno fértil eu observo que, banhados por cursos de água ou até com poços e minas onde abunda o precioso líquido e bem perto de tantas residências, estão pura e simplesmente abandonados. Às vezes torna-se difícil compreender como é que muita gente (pressupondo-se minimamente saudável) que tanta dificuldade tem em fazer chegar à mesa o essencial para sustentar a prole e tem condições para minimizar essas carências, não reflecte sobre isto! Ponderada que seja a relação custo/benefício deste apelo da terra, ninguém pode duvidar que ela seja a favor do benefício!

(Texto publicado no Jornal de Notícias na edição de 27 de Junho de 2012)

Floripo Salvador

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