VOZ
Coimbra, 6 de Abril de 1943
Era o céu que sorria nos seus olhos,
Eram junquilhos trémulos aos molhos,
As flores do rosto que eu beijava.
Fresca e gratuita como um hino à lua,
Nua,
Era um mundo de paz que se entregava.
Oh! perfume da Vida! – gritei eu.
Oh! seara de trigo por abrir,
Quem te fez todo o pão da minha fome?
Mas, os seus braços, longos e contentes,
Só responderam, quentes:
- Come.
Esboço a aguarela para publicidade às Águas de Vidago, por Cruz Caldas enquanto empregado, litógrafo maquetista, na Empresa do Bolhão, no Porto.
Um abraço e até breve...
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