domingo, 19 de junho de 2016

Armazém Vidago - São Paulo - Brasil

Ao longo do século XIX e metade inicial do século XX ocorre uma grande imigração portuguesa no Brasil. A perda da colónia gera problemas económicos para Portugal, que fica incapaz de sustentar a sua população adequadamente. A Europa passa por momentos revolucionários no século XIX, oferecendo outro elemento para emigração. Mas, no caso do Brasil, é principalmente a necessidade de mão-de-obra na lavoura e nas nascentes indústrias que faz impulsionar a imigração.

Em 1886, sob os auspícios do então Presidente da Província de São Paulo, João Alfredo, fundou-se a Sociedade Promotora da Imigração, encabeçada por Martinho da Silva Prado Júnior, Nicolau de Sousa Queirós e Rafael Aguiar Pais de Barros. A essa Sociedade cabia difundir, atrair e recrutar trabalhadores na Europa, estabelecendo contratos e racionalizando os custos de tal empreitada. As acções da Sociedade foram iniciadas pelas actividades de divulgação, editando folhetos que difundiam as vantagens de emigrar para o Brasil. Nos folhetos eram divulgadas as facilidades da imigração para São Paulo, com destaque para o transporte ferroviário, hospedagem, alimentação e tratamento médico gratuito.
  
A imagem de hoje leva-nos para a história de um homem de Vilarinho das Paranheiras, João J. Bral, que um dia decidiu emigrar para São Paulo e aí erguer o seu próprio negócio com o nome da sua vizinha terra.


(Armazém Vidago - São Paulo - 1930)

O seu negócio era uma mercearia mas também drogaria, uma vez que vendia arroz, açúcar, toucinho, carne seca, cimento, corda, etc.... E com publicidade comercial para atrair mais clientela "O mais barateiro do bairro" - "Vendas por atacado e a varejo" (vendas por grosso e a retalho)!

Esta fotografia pertence ao vidaguense, Sr. Horácio Ferreira, o qual teve a gentileza de emprestar para dar-nos a conhecer esta curiosidade sobre o nome "Vidago".

O meu muito obrigado Sr. Horácio.

Um abraço e até breve...

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