quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Exposição “Raul de Caldevilla - Cartazes de Sonho”


Cartazes de Vidago escolhidos para integrar a exposição “Raul de Caldevilla - Cartazes de Sonho”.

A Academia Portuguesa de Cinema, em parceria com o Museu da Publicidade, a Cinemateca Portuguesa e a Sociedade Nacional de Belas Artes, reuniu uma centena cartazes e posters desenhados por Raul de Caldevilla (1877-1951), considerado o primeiro grande publicitário português e fundador da Invicta Filmes. O resultado desta recolha está apresentado na exposição “Raul de Caldevilla – Cartazes de Sonho”, que vai estar patente entre 23 de Janeiro e 12 de Fevereiro na Sociedade Nacional de Belas Artes, em Lisboa.

Grande parte da obra a ser apresentada foi criada na Empreza Técnica de Publicidade – ETP, fundada por Raul de Caldevilla no Porto, em 1914. A ETP é a primeira agência de serviço completo no País – que juntava a criatividade a um serviço gráfico de vanguarda – a produzir cartazes de dimensões até então nunca vistas, e pioneira na introdução da publicidade na rua, tornando-se célebre quando começou a afixar cartazes publicitários nos tapumes das obras (os primeiros outdoors). 

Os cartazes estão divididos por núcleos – Cinema, Águas e Termas (incluindo Vidago), Vinhos, Seguradoras, Moda e Calçado – destacando-se ainda alguns dos artistas, portugueses e estrangeiros, que Caldevilla contratou, como Cruz Caldas, Maria Keil, Francisco Valença, Fred Kradolfer ou Martins Barata.

Será ainda exibido na Cinemateca Portuguesa um ciclo de três sessões de filmes portugueses relacionados com a vida e obra de Raul de Caldevilla. Ambas as sessões têm acompanhamento ao piano.


Raul Caldevilla na Rua Sta. Catarina, Porto

Quem foi Raul de Caldevilla?

Conhecido pela notável qualidade gráfica das suas imagens e pela diversidade de temas que nelas abordou, Raul de Caldevilla foi um visionário para quem a publicidade tinha uma função eminentemente informativa: “A publicidade instruí-nos, em poucos traços, sobre o que mais convém à saúde e ao conforto, ao corpo e ao espírito, libertando-nos da contingência de pensar detidamente onde se encontra o que é útil e belo, quanto nos custará um artigo de primeira necessidade, um quadro, uma jóia, uma estatueta ou um pano.”

Nesse sentido, era preciso criar uma nova linguagem visual, “progressiva”, como Caldevilla a classificou, por oposição a outra, “imprópria”, recolhida e discreta. Esta preocupação do publicitário foi evidente nos trabalhos gráficos realizados na ETP e, mais tarde, na Empreza do Bolhão, criada em 1923.





Reportagem da RTP1 - Portugal em Direto - de 24 Jan 2018 (clicar no play)





Raul de Caldevilla – Cartazes de Sonho | Sociedade Nacional de Belas Artes – Rua Barata Salgueiro, 36, Lisboa | 23/01 a 12/02 | seg-sex 12h-19h, sáb 14h-20h | entrada livre |



Um abraço e até breve...

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