terça-feira, 25 de junho de 2019

Locomotiva a vapor E205 | Linha do Corgo

A locomotiva a vapor de via estreita CP E205, foi construída pela empresa alemã Henschel & Sohn em 1913, e durante muitos anos subiu e desceu as serras transmontanas (ex linha do Corgo), trazendo e levando pessoas.

(Julho de 1974 – Comboio regional rebocado pela locomotiva a vapor CP E205 na estação de Vidago | Foto de Werner Hardmeier)




Mas, infelizmente, reformou-se na estação da Régua e por ali passou alguns anos até que a CP – Comboios de Portugal, EPE ofereceu-a ao museu Vasco del Ferrocarril, caso contrário teria sido desmantelada!




(Estado da locomotiva a vapor CP E205 na estação da Régua em 1996, antes de seguir para o Museu Vasco del Ferrocarril | Foto de M. Kißler)


Em 1997, a locomotiva chega a Azpeitia, no País Basco (Espanha) para ser restaurada no Museu.

(1997 chegada ao Museu Vasco del Ferrocarril da locomotiva CP E205  | Foto de Juanjo Olaizola)



(Montagem da caldeira original da locomotiva CP E205 após ter sido restaurada nas instalações do museu | Foto de Juanjo Olaizola)





(2014 Locomotiva CP E205 / “Portugal” nas comemorações do 20º aniversário do Museu Vasco del Ferrocarril | Foto de Víctor Martín)




O Museu Vasco del Ferrocarril é o responsável pela exploração do troço Azpeitia-Lasao desde a sua reabertura em 1998, cujo serviço é prestado pelo material circulante histórico pertencente ao museu. Desse material circulante histórico fazem parte esta locomotiva a vapor E205 e a automotora diesel de via estreita CP 9301 (ex Linha do Tua), construída pela empresa holandesa Allan em 1954.


Um abraço e até breve...

segunda-feira, 24 de junho de 2019

António Firmo de Azeredo Antas

Nasceu em Oura, a 28 de Março de 1868, filho de João Miguel de Azeredo Pinto de Vasconcelos e de Filomena Laura Azeredo Antas. Formou-se em medicina na Universidade de Coimbra. Em 1895, em Vila Real, com José de Carvalho Araújo Júnior e Adelino Samardã constituiu a Comissão Executiva do Partido Republicano, de que era presidente em 1897.

Implementada a República, em 1911, organizou com Adelino Samardã, António Granjo, Antão de Carvalho e Carlos Richter a 1ª Comissão Republicana Distrital. Pouco satisfeito com os caminhos políticos do Partido Democrático, aderiu à União Republicana, partido que representou no Parlamento por Vila Real em 1915. Em 1921, volta ao Parlamento por Vila Nova de Gaia e pelo Partido Republicano Liberal, em que militava desde 1919. 

Em 1915, no Parlamento, esteve na linha da frente do combate pelo Douro, contestando as posições do Ministro de Negócios de Estrangeiros, a propósito do nefasto tratado comercial com a Inglaterra, tão negativo para os interesses dos produtores durienses. 

Foi governador civil de 13 de Dezembro de 1917 a 16 de Março de 1918. Em 1919, nos inícios de Janeiro, esteve ao lado do Gen. Ribeiro de Carvalho, quando a Junta Militar do Norte pretendeu submeter Vila Real ao poder monárquico. 

Durante toda a I República foi, profissional, política e socialmente, uma figura influente no meio transmontano-duriense.

A politica não era o modo de vida principal nem único António Firmo de Azeredo Antas, mas acima de tudo era médico. Em 1901, passou a ser director clínico das termas de Vidago. 

Durante a epidemia de 1918 não se limitou a cumprir os seus deveres profissionais, mas praticou actos de verdadeira filantropia e benemerência, distribuindo gratuitamente leite aos doentes e fornecendo também a preços inferiores aos correntes os géneros que sobraram do consumo do Hotel Salus. A Câmara Municipal de Chaves manifestou-lhe o seu reconhecimento e exarou em acta de 30 de Outubro de 1918 um voto de louvor por tais serviços.

Em 1906 a antiga Empreza das Águas de Vidago publica uma pequena brochura intitulada "Relatório Clínico", cujo seu conteúdo é da responsabilidade deste médico. Nela, entroncamos tudo o que é necessário saber sobre as propriedades e terapia das águas, assim como os aspectos mais particulares que distinguiam as cinco fontes, Vidago, Vidago nº 2, Vila Verde, Oura e Sabroso, todas elas exploradas pela empresa. 

Faleceu em Oura, a 10 de Outubro de 1949.


Um abraço e até breve...

quinta-feira, 20 de junho de 2019

Avenida Conde de Caria

Nestas últimas semanas muito se tem falado nos casos da Caixa Geral de Depósitos, de empréstimos obtidos mas que, até ao momento, não foram pagos por quem os contraiu.

A publicação de hoje fala-nos de um empréstimo feito à CGD, no ano de 1936, pela Comissão de Iniciativa de Vidago, no valor de 100.000$00 (+-500€). Ao contrário dos casos vergonhosos que todos os dias nos entram pelos olhos dentro, esta Comissão honrou os seus compromissos até ao último centavo.

Esta Comissão era constituída pelo Exmo. Sr. Dr. António Luís de Morais, Sr. António Faria de Morais e Sr. Acácio Duarte Costa, o primeiro como Presidente, o segundo como Administrador-Delegado e o terceiro como Secretario-Tesoureiro. 

O melhoramento da avenida foi orçado em 237.346$84 (+-1.185,00), tendo o Ministério das Obras Públicas e Telecomunicações comparticipado com 89.261$47 (+-445,25€) e a Comissão com 43.799$35 (+-218,40€) resultantes do seu exercício económico de 1934-1935.

Anualmente seriam pagos 11.536,24$ (+- 57,55€) pelo prazo de 10 anos, com possibilidade de amortização.

O processo foi despachado por Sua Exa. o Ministro das Finanças depois de Sua Exa. o Ministro do Interior ter autorizado a Câmara municipal de Chaves a prestar o seu aval àquela Comissão.

(Fotografia "Foto Alvão - Porto" - 1936)



Carimbo da Comissão de Iniciativa de Vidago.



Estas informações foram extraídas da cópia do processo "Aval da Câmara Municipal de Chaves ao empréstimo de cem mil escudos que a Comissão de Iniciativa de Vidago pretende contrair na Caixa Geral de Depósitos".


Um abraço e até breve...

quarta-feira, 19 de junho de 2019

Garotitos fazendo música | 1942

Como era ser criança no século passado!

Não havia consolas a prender miúdos em casa, ninguém tinha medo da lama nem de partir um braço nos baloiços sem protecção. Do pião à simples flauta de barro, assim era brincar na rua há umas décadas.

(bilhete postal da edição "Union Postale Universelle")

No século passado, ser criança era brincar na rua sem grandes receios do que acontecia lá fora.



Este bilhete postal foi, gentilmente, disponibilizado pelo meu amigo vidaguense Francisco Seixas.



Um abraço e até breve...

segunda-feira, 10 de junho de 2019

Sapataria Seixas - papel de embrulho

Folha de papel, usado antigamente, para embrulhar os sapatos que os clientes acabavam de adquirir. 



Neste caso, papel da antiga sapataria Maria Alves Seixas, que contavam com um completo sortido de calçado para senhora, homem e criança mas que tinha "Preços sem competência"! Seguramente um erro da tipografia que não ficou bem...


Esta peça foi-me oferecida, gentilmente, pelo meu amigo João Rodrigues Silva.


Um abraço e até breve...