quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011


EM CAPELUDOS DE AGUIAR

Faleceu, Aníbal Ferreira do Espírito Santo

Em 29 de Janeiro último faleceu em Capeludos de Aguiar, o antigo professor do Ensino Primário, Aníbal Ferreira do Espírito Santo. Natural de Vila Real, onde nasceu em 21 de Setembro de 1921, veio, por volta dos anos cinquenta do século passado, para aquela aldeia como professor. Ali conheceu Adelaide Lamas Costa, com quem casou. O casal concebeu, naquela aldeia, cinco filhos que seguiram carreiras académicas diferentes e exercem as suas profissões em vários pontos do país. Entre estes encontra-se o médico, Manuel José Costa Espírito Santo que desempenha a sua actividade em Vila Pouca de Aguiar.

Nos anos cinquenta e sessenta, Aníbal Espírito Santo leccionou também em Chaves, na Escola de Santo Amaro. Naquele estabelecimento de ensino foi contemporâneo dos antigos professores, Alves e Madureira. Habitou com a família na conhecida e pronunciada curva da Rua de Santo Amaro, numa antiquíssima casa, com quintal, recentemente desaparecida.

O professor Espírito Santo foi um profissional zeloso, exigente com os outros e consigo próprio e, sobretudo, muito competente. Num tempo em que os objectivos de ensinar muito e bem, e conseguir excelentes desempenhos finais para cada aluno e em cada ano escolar eram metas a que, alguns professores, se propunham como forma de realização pessoal e profissional.

Foi um marido e pai exemplar. Num tempo, economicamente, muito difícil criou e educou os seus cinco filhos com a austeridade necessária na época. Porém, viu recompensados todos os seus sacrifícios. Os seus descendentes bem podem orgulhar-se do Homem que agora nos deixa.

Aníbal Espírito Santo lia muito. Era culto e possuidor de grande vocação para a escrita. No decorrer da sua longa existência elaborou inúmeras crónicas, sobre temas variadíssimos, essencialmente, para jornais da região transmontana.

Foi também desportista. Praticou futebol e exerceu, na década de cinquenta, essa modalidade desportiva, em Vidago, ao serviço do Vidago Futebol Clube.

Há, aproximadamente, sessenta anos, Capeludos de Aguiar recebeu o Homem e o Professor com a estima e respeito que sempre justificou merecer. Em 31 de Janeiro último, muita gente das suas relações de amizade, oriunda de toda a parte mas, principalmente, o povo bom e simples da aldeia do seu coração, prestaram a derradeira homenagem à figura elegante, prestável e inesquecível do professor, Aníbal Ferreira do Espírito Santo.

                                                                                     Floripo Salvador

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Café CAPRI - 1962/1980

Para quem não se lembra ou não saiba, o café Capri ficava situado junto a actual Estação de Serviço Galp, próximo do rio Oura e esteve aberto desde 1962 até 1980. O edifício, que ainda hoje existe, pertencia nessa altura à D. Ana Carvalho Teixeira (D. Anita), já falecida. O café, que funcionava no rés-do-chão, foi lançado por Manuel Carvalho (Manel Capri), marido da professora Priscila.

A sua esplanada era muito frequentada no verão, uma vez que ficava perto das margens do rio Oura e era ocupada pelas copas dos enormes plátanos ali existentes.

No inverno, o seu salão era mais procurado para jogar bilhar livre, dominó e damas, ou simplesmente para ouvir uma música dos Beatles.

Mas o café Capri, também, servia para juntar uma comissão de festas do ano de 1963...

De pé da esquerda para a direita: Silvério, Antonio (Penacova),??, Eduardo Latoeiro, Pipa genro do Silvério.
Sentado da esquerda para a direita: Manuel (brasileiro), José Rodrigues (Carriço), Toninho do Carneiro, António Chino, Toninho Russo, Zeca Diniz.
Ao balcão: Manel Capri e D. Anita Gonçalves

A cópia desta fotografia foi-me enviada pelo meu amigo vidaguense António Lobo da Silva, filho do falecido António Chino. A ele, o meu muito obrigado por esta lembrança.

E como diz a música...Capri c´est fini! ouvir música

Um abraço e até breve,

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Conjunto "OS PLUMAS"

Estamos no início dos anos 60 do século passado, quando surge em Vidago um conjunto musical que ia fazer furor, "Os Plumas".

Esta fotografia não é desse ano mas sim de 1970 e toda esta "malta da pesada" e outros que integraram este conjunto ainda estão entre nós, por isso vamos aguardar pelos comentários, que serão depois publicados num próximo post.


Esta fotografia (cópia) foi-me gentilmente oferecida por um dos membros dos "Plumas".

Tenho pena não ter uma cassete dos "Plumas" para ouvir uma musiquinha antes de ir dormir...
                                                                   
Aviso: não vale a pena procurar músicas deles no, pelos menos para já!

Um abraço e até breve... E toca a mandar comentários sobre esta rapaziada.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

ANÚNCIO VM&PS - 1932

Hoje, sem palavras...

(fabricado na gráfica Bolhão-Porto em 1932)

Um abraço e até breve....

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Vidago - Feira de Gado

Hoje, em Vidago, foi dia de feira, assim como há cem anos atrás. Hoje, porque é quinta-feira, e há cem anos atrás porque era o 3º dia útil do mês.
Há registos que nos dizem que as feiras, em Vidago, tinham lugar ao 3º dia útil de cada mês, passando depois a terem lugar aos 3 e 19 de cada mês.

Agora vejam, através desta imagem, como eram as feiras de gado em Vidago! Eu sei que os tempos são outros mas ficamos com a noção da importância que tinham este tipo de feiras para a economia local.



(Largo do Toural - Bovinos de raça Barrosã)

E como este fim de semana é a festa em honra de São Brás (Protector contra as doenças da garganta), deixo aqui um ditado antigo sobre esse Santo:

    O primeiro dia jejuarás
    O segundo guardarás,
    E o terceiro irás a S. Brás.


Provérbio do dia: Quando não chove em Fevereiro, nem bom prado nem bom celeiro.



Um abraço e até breve...