terça-feira, 26 de julho de 2011

Agenda - Brindes de "Águas de Vidago"

No passado dia 29 de Outubro de 2009, fiz um post com duas agendas de bolso, uma de 1958 e outra de 1959. hoje, trago-vos aqui uma de 1962 comprada na semana passada.


(Brinde "Águas de Vidago" - Gráfica Bolhão Porto - 60.000 ex. Dez. 1961)

O que acham deste grafismo da frente e verso da agenda? Bonito, não é?

Um abraço e até breve...

domingo, 24 de julho de 2011

Convite - Exposição "Sentir Vidago"


Este blog e a Casa da Cultura de Vidago conta a vossa presença para mais uma exposição subordinada ao tema "Vidago".

Esta exposição contará com todas as fotografias que foram a concurso no 1º Raid Fotográfico "Sentir Vidago", realizado no passado dia 4 de Junho, na vila de Vidago.

Esta exposição passará pelo hotel Vidago Palace, mas ainda sem data designada.

A entrada é gratuita.

Um abraço e até breve...

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Receita - 1912

Para quem nunca viu uma receita de água de Vidago...


Esta receita é da antiga farmácia José Lucio Correia da Fonseca, Sucessor, localizada em Beja.

Um abraço e até breve...

terça-feira, 19 de julho de 2011

Golfe Vidago (3)

O golfe foi difundido no continente Europeu, bem como, na América e na Ásia, pelos emigrantes escoceses e ingleses, que ao chegar aos seus destinos, procuravam criar um clube e obter um terreno para construir o seu campo de golfe.

Assim aconteceu em Portugal em fins do Sec. XIX. A colónia inglesa, que vivia no Porto, e se dedicava à produção e comércio do vinho do Porto, introduziu o golfe em Portugal ao criar, em 1890, em Espinho, o Oporto Niblicks Club. Em Lisboa, são os funcionários britânicos das companhias de telefones e dos transportes ferroviários que fundam, em 1922, o Lisbon Sports Club, hoje sediado em Belas.

Em Vidago, o campo de golfe foi construído em 1936, cujo o projecto se deve ao escocês e arquitecto de golfe Philip Mackenzie Ross (1890-1974). Em 1971 Ross foi eleito o primeiro presidente da Associação Britânica de Arquitectos de golfe.

Mais uma imagem do campo de golfe de Vidago, que pessoalmente acho muito interessante, não acha?


Um abraço e até breve...

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Bebendo na Fonte de Vidago - 1907

A fotografia, de hoje, tem 104 anos e foi integrada na reportagem "Vidago: a bela estância de águas", da revista Ilustração Portuguesa, Lisboa, Nº 80 de 02/09/1907, página 301.

O autor desta fotografia foi o Sr. Joshua Benoliel (1873/1932), fotógrafo e jornalista de Portugal, considerado por muitos o maior fotógrafo português do início do século XX. Trabalhou para o jornal O Século e para a revista do mesmo jornal, a Ilustração Portugueza, bem como, para o Ocidente e Panorama, revistas da altura.

E por falar em beber, vou também beber umas águas de Vidago frescas, não directamente da fonte, mas da garrafa, para matar a sede.

Um abraço e até já...

domingo, 17 de julho de 2011


RESINEIROS DO JUNCAL

(CONTINUAÇÃO)


A Indústria Resineira em Portugal:
- Um pouco de história!
O Pinhal de Leiria

Ao longo dos tempos sempre se associaram a actividade resinosa e os resineiros ao distrito de Leiria. Este facto acontece com certa lógica. Foi sempre uma região de grande densidade de pinheiro bravo, espécie arbórea que, esmagadoramente, contribui para a extracção da resina. O designado Pinhal de Leiria, com origens remotas, é a mata do Estado com maior protagonismo em todo o continente português. Envolve a cidade a norte, a sul e a oeste. Chegou a ocupar uma área aproximada de 12.000 ha. Trata-se de uma enormíssima extensão de 18 km de comprimento por 7 de largura, mais ou menos delimitada entre o vale de Madeiros e a foz do rio Lis.
O Pinhal de Leiria foi sendo, pelos tempos fora, como seria exigido, objecto de variadas acções visando a sua preservação: efectuaram-se regulares sementeiras para substituição de árvores velhas ou abatidas; também pontuais desbastes como forma de corrigir a concentração das espécies e ainda se procedeu ao derrube de árvores no sentido de abrir caminhos que permitissem um mais eficaz combate a incêndios e a propagação destes.
Deve referir-se o facto de o Pinhal de Leiria, no início do século XIX, haver sofrido um largo período de decadência. Foi vítima de alguma desorganização estatal provocada pelas Invasões Francesas, mas também porque houve grandes queimadas em 1806 e 1814. Dez anos mais tarde, por via de adequada regulamentação, o Pinhal de Leiria voltou a ter condições de estabilidade.
Não é pacífico atribuir a razão da existência do Pinhal de Leiria ao Rei D. Dinis. Alguns historiadores admitem a existência de relativa concentração arbórea, naquela região, há já milhares de anos. O que parece não haver dúvida é que o Pinhal de Leiria fez parte da doação de Leiria à Rainha Santa Isabel. E, também, que no tempo daquele monarca foram efectuadas algumas sementeiras de pinhão, alargando a sua área aproveitando o vasto areal. Também é certo que, ainda na primeira dinastia, o Pinhal de Leiria já fornecia muita madeira para a construção, principalmente, de barcos.
A Resina

Desde o seu início, a actividade resinosa começou por contribuir para a fixação do homem em zonas em vias de desertificação ou, mesmo até, já desertas. Os resineiros acabavam por desempenhar, na sua acção diária, um papel importante na vigilância das matas, prevenindo incêndios florestais e dando importante contributo na limpeza das mesmas.
Em 1858 era Administrador-Geral das Matas do Reino, José de Melo Gouveia. O então governante ordenou a instalação na Marinha Grande da primeira fábrica de resina, onde hoje funciona o Mercado Municipal.
Não obstante haver indícios de actividade resinosa, já no início do século XIX, a indústria resineira, propriamente dita, em PortugaI ter-se-á iniciado em princípios do século XIX. Refira-se que o Pinhal de Leiria já fornecia nas décadas de 30 e 40daquele século muito alcatrão, pez cozido e pez cru. Por volta de 1812 surge uma primeira determinação para, nos pinhais de Leiria, se efectuarem sangrias em árvores inúteis e rajudas. Nessa altura seriam afectados apenas 80.000 pinheiros. Naquele tempo muita madeira de pinheiro era utilizada na construção naval que era da responsabilidade do Ministério da Marinha. Os métodos utilizados na extracção da resina eram muito agressivos para as árvores. Foi então que por volta de 1832 o Estado aconselhou alguma moderação na actividade resinosa em matéria de extracção. Mais tarde, corria o ano de 1880, o governante Fontes Pereira de Melo impôs mesmo o fim da actividade com o argumento de que a mesma era nociva aos pinhais.
Nas primeiras décadas do século XX houve a preocupação de conferir formação aos resineiros com o objectivo de não ferir a árvore com profundidade. Era imperioso que também a sua incisão não se alargasse para além do estritamente necessário. A ausência destes cuidados levaria, inevitavelmente, a um fim precoce do pinheiro.
Deve relevar-se o facto de a resina ter desempenhado, em grande parte do século anterior, um importantíssimo papel na actividade económica do nosso País. Da quantidade de produtos oriundos da destilação de resinas houve um especial destaque do Pez e da Aguarrás.
As Fábricas

Por volta de 1910 já existia a Fábrica de Produtos Resinosos - Manuel Henriques Júnior, instalada na margem direita do rio Arunca em Pombal. Mais tarde, esta relevante figura da indústria da resina em Portugal, construiria a sua residência junto à fábrica.
Por volta de 1935 haveria em Portugal um número aproximado de 115 fábricas de resina. Nesse ano laboravam, em Pombal e em Ermesinde, as fábricas da União Resineira Portuguesa, cuja sede era na Rua dos Fanqueiros, 30 em Lisboa.
Pouco antes do início da II Guerra Mundial (1938), a Companhia de Produtos Resinosos, de Manuel Henriques Júnior e com sede em Pombal possuía as fábricas de Pombal, Óbidos, Vila de Rei, Famalicão, Bodiosa, Figueiró dos Vinhos e Pedrógão Pequeno, que integrariam, mais tarde, a SOCER - Sociedade Central de Resinas.
Por volta de 1945 existiam em Portugal umas 124 fábricas de resina, algumas delas, de frágil consistência e de pequena capacidade de produção. As mais relevantes da época eram a CIR (Companhia Industrial Resineira) laborando em Campanhã e Santa Comba Dão; a CPR (Companhia de Produtos Resinosos); a URP (União Resineira Portuguesa); a RN (Resinagem Nacional); a SFPR (Sociedade Fabril de Produtos Resinosos) e a SRA (Sociedade Resineira da Anadia).
Em 1953 aCompanhia de Produtos Resinosos tinha sede na Rua de S. Nicolau, nº. 102, 1º. Porém, no ano seguinte, a sede regressava a Pombal.
Em 1953 nasceu a SOCER – Sociedade Central de Resinas, SARL, com sede na Avenida da Liberdade, 222 – 2º. em Lisboa. Resultou da fusão das empresas, Companhia de Produtos Resinosos, União Resineira Portuguesa e Companhia Industrial de Resinas.
Comendador, Manuel Henriques Júnior

- Um ícon da resinagem!
Natural da freguesia e concelho de Pombal. Nasceu em 10 de Novembro de 1886 e faleceu em 23 de Dezembro de 1965. Este industrial de resinas, que também foi banqueiro, teve na resina o seu primeiro, grande e último empreendimento. Foi administrador do Banco Pinto & Sotto Mayore, na sua terra, fez questão de abrir uma agência bancária. Ali desenvolveu a sua actividade e contribuiu, enormemente, para o desenvolvimento económico e social da terra que o viu nascer.
Por volta de 1957 passou a deter a maioria das acções da SOCER. Implementou as bases da indústria de resinas sintéticas, a RESIQUÍMICA. Em 1959 enfrentou o dilema de ter de fazer opção por um dos seus principais ramos de negócio: a banca ou as resinas. Contrariando a vontade dos seus três genros, que opinavam pela preferência da venda das resinas, mantendo o banco na família, Manuel Henriques Júnior decidiu-se pelo seu verdadeiro amor! Vendeu o Banco Pinto & Sotto Mayor a António Champalimaud e manteve as resinas.
Na sua empresa criou, para aquela época, excelentes condições de segurança, higiene e bem-estar social para todos os trabalhadores. Conferiu uma considerável dimensão social e filantrópica à sua empresa, para aquele tempo. Foi um grande industrial do século XX. Em 1936 foi nomeado para a Junta dos Produtos Resinosos. Esteve ligado à actividade da resina durante meio século.
Nota final

Por fim será de toda a justiça dar os sinceros parabéns ao Juncal pela comemoração dos quatrocentos e cinquenta anos da sua elevação a freguesia. Em minha opinião, esta terra, outrora, de oleiros, serradores e resineiros desenvolveu-se muito. A vila do Juncal é sossegada, airosa e simpática. A sua gente é simples mas afável, solidária e laboriosa. É, sem dúvida, merecedora desta bonita homenagem.
Não será de mais, todos louvarmos a organização deste evento. Ele contribuirá para a preservação de algumas das ricas memórias desta freguesia e da sua gente.
Maio de 2010
Floripo Virgílio Salvador (natural do Juncal).

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Vidago - Vista geral

Hoje, vou dedicar este bilhete postal a todos os nossos emigrantes que, nestes próximos dias, regressam a Portugal para um período de férias merecido na sua terra natal.
Espero que todos cheguem bem para o reencontro de familiares e amigos, para o convívio, enfim ao “matar saudades” entre pessoas que a distância separou, mas só fisicamente.

(bilhete postal de edição desconhecida - não circulado)

Por isso, amigo emigrante não desperdice tempo, ele é valioso. Não só porque o tempo que passa não volta, mas principalmente porque é seu.

Um abraço, boas férias e até já...

sábado, 9 de julho de 2011


RESINEIROS DO JUNCAL


UMA ETERNA SAUDADE!
Essencialmente na primeira metade do século anterior a freguesia do Juncal assistiu a um verdadeiro êxodo de homens e mulheres que procuraram noutra regiões do País alguma prosperidade na actividade resinosa. Ainda num tempo em que os homens mais velhos usavam o típico barrete e os mais novos cobriam a cabeça com os inseparáveis bonés de pano. Naquela época era pujante a actividade da resina em todo o distrito de Leiria. Porém, toda a mão de obra empregue, não absorvia a abundante força de trabalho existente. A perspectiva de um melhor salário, a garantia de trabalho para um período de tempo considerável do ano (Março a Novembro) ou até o exercício da actividade por conta própria eram factores que aliciavam as gentes locais a encetarem verdadeiras aventuras em regiões alheias aos seus hábitos e completamente desconhecidas.

Foram, principalmente, dois os distritos onde se instalaram famílias inteiras de juncalenses imbuídas de fé e esperança em dias melhores: Vila Real e Viseu. Não foi por acaso. Eram zonas de grande densidade de pinheiro bravo e a concorrência na actividade, praticamente, não existia!

A estação ferroviária do Valado dos Frades foi palco de saudosas partidas e, também, de ansiosas chegadas de inúmeras famílias de resineiros do Juncal. A época natalícia estava inserida no descanso sazonal da actividade (DEZ a FEV). Assim, a quadra festiva era escolhida para os resineiros visitarem familiares, matarem saudades dos amigos e, quantas vezes, comprar um pedacito de terra, sempre na perspectiva de um hipotético regresso.

Começavam por avançar os irmãos mais velhos, solteiros ou já com família constituída. Depois estes chamavam os mais novos, também familiares próximos e outras pessoas da terra. Todos juntos, longe do torrão natal, invadidos de grande saudade da família, da modesta casinha, dos amigos e da terra que os viu nascer, desenraizados em regiões culturalmente estranhas, os resineiros juncalenses vincavam laços de profunda fraternidade entre si.

Do nascer ao pôr-do-sol, os resineiros (homens e mulheres) calcorreavam montes agrestes. Atravessavam secos ribeiros, no verão escaldante mas, também, perigosamente caudalosos em implacáveis invernos. Saltavam muros e escorregavam em musguentos penedos de labirínticos e acidentados pinhais. Nos dias de trabalho usavam roupa remendada, queimada pelo ácido sulfúrico e empastada exalando o inconfundível mas agradável odor da resina. Cobriam as cabeças, eles com bonés, elas com lenços, protegendo-se do sol quente do verão e também dos bichos que pendiam de ninhos na ramagem dos pinheiros.

O cantar da rola e do cuco, na primavera e o murmúrio do ramalhar dos pinheiros lá mais para o Outono, quantas vezes, eram a sua única companhia. Normalmente o pinhal ficava distante da modesta residência. Havia necessidade de levar merenda! Quando o estômago emitia o sinal da falta de aconchego e as pernas, já cansadas, também davam o seu acordo, o resineiro procurava uma poça de água mais ou menos fresca e de potabilidade incerta. Da saca de remendos trazida à cintura, as suas mãos, calejadas e empedernidas, faziam emergir o naco de broa acompanhado de um pedaço de toucinho entremeado, uma racha de bacalhau, ou qualquer outro conduto, previamente preparado em casa para o dia duro e infindável! Depois era o mergulhar sôfrego dos lábios na ocasional nascente de água. O regresso a casa, que podia durar horas, faziam-no, normalmente, à custa das pernas já estafadas pelo intenso trabalho ao longo da jornada.

Os resineiros sempre tiveram uma enorme capacidade de adaptação às vicissitudes climatéricas, tão díspares, por exemplo, na região transmontana. Intenso frio provocado por vento agreste, geada, neve e chuva, mas também calor insuportável com a privação de saciar a sede, eram condições que só uma inquebrantável abnegação conseguia vencer.

Do Juncal, várias famílias, com predominância dos Albertos, Caetanos, Cruz, Salvadores e Vergílios, comungaram dessa experiência aventureira da resina por terras transmontanas e outras. Nos concelhos de Chaves, Vila Pouca de Aguiar, Boticas, Carrazeda de Ansiães e Tondela deixaram a sua marca de trabalhadores laboriosos e honrados. Por lá, cruzaram culturas, despertaram paixões, conquistaram corações, alargaram as respectivas famílias e cumpriram os calendários das suas vidas! Num tempo em que não tinham automóveis. Às vezes, apenas simples bicicletas e uma ou outra motorizada. Também numa época em que se compravam a mercearia e o garrafão de vinho na modesta taberna local. Quase sempre, fiado!

Os resineiros sempre foram comunidades, geralmente, bem aceites nas regiões de acolhimento. Eram comunicativos, alegres, solidários, respeitadores e gente de boas contas! Nós, os descendentes dessa audaciosa gente, sentimos, ainda hoje, um orgulho enorme em sermos conhecidos por - Os Resineiros!

Correndo sempre o risco da omissão involuntária de alguns nomes gostaria de evocar, com grande saudade, alguns deles: Abílio Machado da Cruz, Adriano Rosa Vergílio, Alcinda Almeida Esperança Vergílio, Américo Machado da Cruz, Aníbal Manuel Vergílio da Cruz, António Amaro Vergílio, António Caetano Machado, António Gomes da Cruz, António Miguel da Cruz, António Moreira Salvador, António da Silva Monteiro, Carlos Moreira Salvador, Domingos Alves Vergílio, Higino dos Santos, Jacinto da Cruz, João Caetano, João Moreira Salvador, Joaquim Moreira Salvador, Joaquim Vergílio Alves (Joaquim Serrano), José Alberto, José Caetano, José Moreira Salvador, José Rosa Vergílio, Lúcia Amaro Vergílio, Manuel Gomes da Cruz, Manuel Miguel da Cruz, Manuel Moreira Salvador, Maria Amaro Vergílio, Maria Almeida Esperança Vergílio, Rafael Gomes da Cruz, Silvério Machado da Cruz e Vitorino Alberto.

Toda esta gente teve a cumplicidade natural com uma diversidade imensa de ferramentas de trabalho, tantas delas já inexistentes! Recordo-me do Ácido Sulfúrico, Agrafador, Balde, Barril, Bica Curva, Bica Direita, Bidão, Bridon, Caixa, Cavalete, Cortante, Desencarrascadeira, Enxó,Espátula, Formão, Funil, Garrafa / Pulverizador, Garrafão, Grampo Curvo, Grampo Direito, Lata, Maço, Pasta, Potassa, Prego, Púcaro, Raspador, Saco, Serapilheira e Turquês. Um rico glossário que se vai apagando no tempo!

Também muitas expressões inerentes à actividade resinosa enriqueceram o léxico de gente simples de recônditas paragens onde a resina passou a ser explorada. À minha memória ocorrem-me: Carreiro, Colhedora, Colher, Contar Pinhal, Desencarrascar, Desmontagem, Distribuir Púcaros, Estaleiro, Incisão, Picar Pinhal, Pinhal à Morte, Pinhal Com Folga, Pinhal Solteiro, Pinheiro Com Duas Bicas, Raspa, Regar Barris, Renovar, e Volta. Expressões que a decadência da actividade e a voracidade do tempo se vão encarregando de esfumar!

As formas de extracção da seiva, que generosamente o pinheiro concebe e designada por resina, foram evoluindo ao longo dos anos. A procura de um aumento de produtividade implicou o aparecimento frequente de novas técnicas de extracção e ferramentas mais adequadas à sua exploração.

Nos tempos que passam descendentes de famílias de resineiros do Juncal perduram por regiões onde, naturalmente, jazem os seus antepassados. Amora (Seixal) - Adriano Rosa Vergílio; Arrentela (Seixal) - Joaquim Vergílio Alves (Joaquim Serrano) e José Rosa Vergílio; Covas (Tábua) - José Moreira Salvador; Freixeda (Vila Pouca de Aguiar) - José Alberto; Vidago (Chaves) - Lúcia Amaro Vergílio eJoão Moreira Salvador; Vieira (Leiria) - Joaquim Moreira Salvador e Vila do Conde (Vila Pouca de Aguiar) - Carlos Moreira Salvador.
Continua...

Parque do Grande Hotel de Vidago

Mais uma raridade em postal...


(bilhete postal da colecção Anna Magalhães Rodrigues - não circulado)

Olhando para este jardim, faz lembrar um jardim de um palácio francês...Parque, quem te viu e quem te vê...

E daqui há pouco teremos mais uma "Crónicas de Floripo Salvador"

Um abraço e até já...

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Golfe Vidago (2)

Como tenho mais um bilhete postal sobre o tema "Golfe em Vidago" que ainda não tinha sido publicado, cá vai ele!
Vou aproveitar este bom tempo para dar mais uma tacada...não consigo acertar na bola!


(bilhete postal da edição VM&PS - Porto - não circulado)

Um abraço e boas tacadas, que eu prefiro encostar-me à sombra...