domingo, 18 de dezembro de 2016



SÉRIE TELEVISIVA, VIDAGO PALACE

- EVOCAÇÃO DOS FIGURANTES

Atingiu-se o epílogo dos trabalhos inerentes à realização da série VIDAGO PALACE. Dois meses após o início da rodagem da série televisiva desmontou-se o palco onde a mesma se desenrolou: essencialmente, o interior do Palace Hotel e a sua deslumbrante área envolvente.
Falando por mim, acreditem que não imaginava a envolvência em meios humanos e técnicos que requer um trabalho desta natureza. Não fazia nenhuma ideia do preciosismo e do rigor que são exigidos aos actores, aos técnicos e, vejam bem, até aos simples figurantes. Não imaginava que seria possível o Verão ser no Inverno e o Agosto ser em Novembro. Porém e pelos vistos, tudo as novas tecnologias conseguem. Não sabia que os óculos que para aí usamos eram uma miragem em 1936. Também pensava que as braceletes dos relógios, naquele tempo, também podiam ser de metal.
Falando mais a sério, acho que foi uma bela oportunidade que a empresa (da qual fazem parte os nossos amigos, Carlos Silva e o José Augusto) nos deu de participar na série VIDAGO PALACE. Por esse facto também penso que lhes devemos estar muito gratos e aqui deixar-lhes o nosso reconhecimento. Julgo termos enriquecido os nossos conhecimentos no que concerne a toda a engrenagem inerente a uma série televisiva. 
Daqui levamos uma quantidade de recordações. Algumas verdadeiramente pitorescas, outras muito agradáveis e outras ainda, mais penosas (esperar horas a fio o momento de entrar em cena é algo que ninguém gosta) mas todas farão parte de um interessante trabalho que desenvolvemos e que deixaremos aos nossos amigos e descendentes com a convicção de que (não obstante sermos inexperientes na matéria) nos portámos o melhor que pudemos e soubemos.
Recordemos o primeiro dia em que chegámos à “Base” – antigo balneário do Palace - e nos enfiaram em indumentárias, aparentemente, esquisitas mas que, com o decorrer do tempo nos habituámos a gostar e, até, a achar-lhes graça quanto a uma ou outra disfarçada nódoa, a braguilha a que faltava um botão, uma bainha descosida, um bolso roto, ou um sapato mais desajeitado! Era ali, na chamada “Base” que alguns de nós se despiam da sua realidade quotidiana e se vestiam, para a ficção, de hóspedes ricos do Palace (como foi o meu caso) ou incumbidos de outras funções hoteleiras. Hóspedes ricos e do Palace: duas coisas que qualquer um de nós gostava de ser mas, de facto e infelizmente, não somos. Depois, esperavam por nós cabeleireiras, cabeleireiros e caracterizadoras que, com um precioso primor, nos preparavam para enfrentar a câmara com o melhor aspecto e rigor possíveis. A este propósito, evidencie-se a perda de quota de mercado que os profissionais deste ramo, sofreram, essencialmente, em Vidago e Chaves, durante o período das filmagens. Eu, por exemplo, já não vejo o meu barbeiro desde o Verão passado! Entre outros profissionais, todos solícitos e competentes, jamais nos esqueceremos da Natália, do Tiago e das carinhosas meninas que no vestiário nos davam os últimos retoques no atavio das indumentárias, sempre com ternurenta docilidade.
Tão depressa não se dissiparão dos nossos ouvidos expressões como: silêncio que estamos a filmar: dizia o Diego; por favor silêncio: repetia o Lopes: atenção aos telemóveis, companheiros, silêncio, por favor: ameaçava o Diego. O Carlos Silva, no seu jeito brincalhão reforçava a advertência pondo o dedinho no nariz ou nos seus lábios, com um “shiuuuu” persuasor e, às vezes, até, dissuasor!
Depois aguardávamos, expectantes, o ”tiro de partida” que provinha da voz bem timbrada do Henrique Oliveira dizendo: “acção”. E lá aguardávamos nós o momento que nos havia sido indicado para mexer as pernas, os braços, ou os lábios. Nada mais que isso. O que nos custava mesmo era ouvir: “vamos a mais uma” na voz do Henrique Oliveira ou “só mais uma” na voz galega do Diego quando já tínhamos repetido 3, 4 ou 5 vezes. Meio a brincar e meio a sério eu, às vezes, dizia: vamos a mais uma das dez que ainda faltam! Uma ou outra vez, e após umas horas de trabalho, lia-se nalguns rostos um certo cansaço e, até, um desejo de ouvir do Diego a expressão: ”figuração, por hoje pode ir embora, obrigado”.
Uma ou duas vezes por dia aparecia-nos o sorrisinho simpático da Adelaide Megre com um tabuleirinho com umas pequenas sandes para mitigar a fome e, às vezes, também um cafezinho para nos estimular o sangue e levantar a moral. Um outro momento que também nos dava algum alento, suavizando os efeitos de horas e horas de trabalho, era quando o Carlos Silva ou o José Augusto nos transmitiam a ordem para almoçar, no refeitório do pessoal do Palace Hotel. Associado a este acto, também nunca esqueceremos aquelas “estéticas” babetes de vulgar e reciclável plástico que colocávamos uns aos outros, por uma maior comodidade, e que tinham por fim evitar consequências de maior nas nossas queridas e ocasionais indumentárias!
Tanto que nós, figurantes, poderíamos aqui recordar a propósito desta experiência inolvidável que foi a de participar na série televisiva VIDAGO PALACE. Todos esperamos, que venha a ser um grande êxito para os seus produtores e, também, para a RTP e TV Galiza. Obviamente, que todos nós formulamos votos que esse êxito tenha consequências positivas, em várias vertentes, para Vidago e toda esta região. 
Gostaria de lembrar que uma infinidade de questões inerentes ao romance VIDAGO PALACE e a tudo que envolveu a rodagem da série televisiva pode ser acompanhada através do blogue MEU VIDAGO que o seu titular, Júlio Silva, irá certamente disponibilizar-nos.
Também acho oportuno satisfazer a curiosidade de muita gente no que se refere aos intérpretes e personagens que deram corpo a VIDAGO PALACE e que a RTP trará às casas de todos nós, lá para Maio do próximo ano. Actores, muitos deles bem conhecidos do meio artístico português, que muito nos honraram com a sua presença e que levarão o nome de VIDAGO e desta região a todos os cantos de Portugal e a muitos pontos do estrangeiro:
Almeno Gonçalves “ Conde de Caria e dono do Palace”; Anabela Teixeira “Lívia e Condessa do Vimieiro e mãe de Carlota”; António Cordeiro “Golfista (desistente da Série)”; António Mourelos “Alberto”; Beatriz Barosa “São da Silva, filha de Bonifácio e de Benvinda”; Bruno Schiappa “o alemão, Florian Klotz”; Carolina Amaral “Emília”; Catarina Campos Costa “Laura”; Cristina Homem de Mello “Júlia”; Custódia Galego “Cremilde e mana perliquitete” David Amor “Pepe”; David Novas “Xoan”; David Seijo “Pedro e empregado do Palace que arrebatou o coração de Carlota”; Eva Fernandez “Xenoveva”; Fernando da Costa “Ignácio Aranguez”; Hugo Mestre Amaro “Felix”; Jacob Jan de Graaf “Taylor”; João Didelet “Bonifácio da Silva, marido de Benvinda e fazendeiro rico”; José Mora Ramos “Tenente Coronel”; Manuel Tur “Guarda Civil”; Mikaela Lupu “ Carlota e traidora de César da Silva”; Pedro Barroso “César da Silva e, angustiado, namorado de Carlota”; Marcantónio del Carlo “Martim, Conde de Vimieiro e pai de Carlota”; Margarida Marinho “Benvinda da Silva, brasileira e mulher de Bonifácio da Silva”; Maria Henrique “Gertrudes e mana perliquitete”; Mariana Magalhães “Rosa”; Patrícia Queirós “empregada da Fonte”; Pedro Frias “ Dr. Mota Torres”; Pedro J. Ribeiro “Sargento Fernandes”; Pedro Mendonça “Samuel Cohen”; Pedro Roquete Almeida “David Taylor”; Ricardo Leite “Cerdeira”; Ricardo Trepa “professor de ténis”; Sérgio Praia “Lopes”; Sérgio Quintana “Xerardo Trancoso”; Sheila Fariña ”Dolores Câncio”; Sílvia Santos “empregada das termas”; Susana Mendes “Natasha” e Xosé A. Torriñan “Padre Raimundo”. 
Para terminar, eu queria dizer, principalmente àqueles que eu não conhecia, que foi um prazer enorme comungar convosco deste trabalho maravilhoso. Todos nós, figurantes, revivemos um romântico espaço de tempo da primeira metade do século passado desfrutando, inebriados, a rica diversidade botânica do parque termal de Vidago, a beleza luxuriante do seu lago e todo o esplendor do seu Campo de Golfe. Deslumbrámo-nos, também, com a secular riqueza arquitectónica do Palace Hotel, cuja sumptuosidade do seu interior nos fez sonhar com autênticos contos de fadas. Por tudo isto valeu a pena esta inesquecível recordação que todos levamos da série televisiva, VIDAGO PALACE a qual guardaremos, de forma perene, no fundo dos nossos corações.

Floripo Salvador
Dezembro 2016





terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Boas Festas

Amigos,

Natal é um momento de comunicação, reunião e amizade. 

Há muito mais no Natal do que a luz das velas e a troca de presentes. Há também o espírito da amizade que brilha todo o ano, a consideração e a esperança renascida para a paz e para o entendimento. 

Sintam os pequenos momentos. Os abraços, os beijos, os suspiros, os sorrisos, as birras...um Santo Natal e um Feliz 2017.



O passado é presente para o futuro! Bom Natal.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Praia de Vidago

Passeio de automóvel, de marca Alder, com uma paragem na Praia de Vidago.



(Alder Trumpf Junior)

A Adler foi um fabricante alemão que entre 1900 e 1941, fabricou máquinas de escrever, máquinas de costura, bicicletas, motocicletas, mas teve notoriedade na época, especialmente pelos seus automóveis.

Os veículos da Adler se caracterizaram por ser automóveis muito confiáveis e por dispor de um amplo catálogo de modelos: desde o clássico utilitário até automóveis de grande cilindrada, com alguns de seus modelos chegando a alcançar os 7.500 cc.

Adler na língua alemã significa águia.


Um abraço e até breve...

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Quinta de Arcossó - Uma escolha para o bacalhau


A ceia de Natal é um evento festivo de grandes emoções onde são servidos os melhores pratos gastronómicos e as bebidas mais saborosas. No caso dos vinhos brancos, à semelhança dos vinhos tintos, é fundamental que eles combinem muito bem com os petiscos servidos. 

Conheça as opções de vinhos brancos que a revista Fugas do Jornal Público, na sua edição de 26 de Novembro 2016, publicou na sua secção de vinhos, o artigo "Vinhos para bacalhau".

O Quinta de Arcossó Branco Reserva 2015, é sem dúvida, uma excelente opção para acompanhar o tradicional bacalhau com batatas cozidas na ceia de Natal.





Um abraço e boas escolhas...