domingo, 28 de janeiro de 2018

A Vénus de Vidago

É possível encontrar no Museu da Região Flaviense (Chaves), e para memória futura, a Vénus de Vidago. Tosca escultura em granito insólita, mas pessoalíssima, de algum ignorado artista de outras eras. Destaque para a sua pétrea gravidez, com uma posição de pés frontal divergente, com a intenção, talvez, de melhorar a estabilidade da estátua.

(Figura feminina da Vénus de Vidago)
(Fotografia da Vénus de Vidago - Museu de Chaves)





































Dimensões

Altura -55 cm
Largura - 30 cm
Comprimento - 19 cm



Até ao momento, desconheço a origem do nome Vénus de Vidago. Terá sido descoberta em Vidago, e daí o nome? Uma pequena curiosidade para investigar...


Um abraço e até breve...

quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Exposição “Raul de Caldevilla - Cartazes de Sonho”


Cartazes de Vidago escolhidos para integrar a exposição “Raul de Caldevilla - Cartazes de Sonho”.

A Academia Portuguesa de Cinema, em parceria com o Museu da Publicidade, a Cinemateca Portuguesa e a Sociedade Nacional de Belas Artes, reuniu uma centena cartazes e posters desenhados por Raul de Caldevilla (1877-1951), considerado o primeiro grande publicitário português e fundador da Invicta Filmes. O resultado desta recolha está apresentado na exposição “Raul de Caldevilla – Cartazes de Sonho”, que vai estar patente entre 23 de Janeiro e 12 de Fevereiro na Sociedade Nacional de Belas Artes, em Lisboa.

Grande parte da obra a ser apresentada foi criada na Empreza Técnica de Publicidade – ETP, fundada por Raul de Caldevilla no Porto, em 1914. A ETP é a primeira agência de serviço completo no País – que juntava a criatividade a um serviço gráfico de vanguarda – a produzir cartazes de dimensões até então nunca vistas, e pioneira na introdução da publicidade na rua, tornando-se célebre quando começou a afixar cartazes publicitários nos tapumes das obras (os primeiros outdoors). 

Os cartazes estão divididos por núcleos – Cinema, Águas e Termas (incluindo Vidago), Vinhos, Seguradoras, Moda e Calçado – destacando-se ainda alguns dos artistas, portugueses e estrangeiros, que Caldevilla contratou, como Cruz Caldas, Maria Keil, Francisco Valença, Fred Kradolfer ou Martins Barata.

Será ainda exibido na Cinemateca Portuguesa um ciclo de três sessões de filmes portugueses relacionados com a vida e obra de Raul de Caldevilla. Ambas as sessões têm acompanhamento ao piano.


Raul Caldevilla na Rua Sta. Catarina, Porto

Quem foi Raul de Caldevilla?

Conhecido pela notável qualidade gráfica das suas imagens e pela diversidade de temas que nelas abordou, Raul de Caldevilla foi um visionário para quem a publicidade tinha uma função eminentemente informativa: “A publicidade instruí-nos, em poucos traços, sobre o que mais convém à saúde e ao conforto, ao corpo e ao espírito, libertando-nos da contingência de pensar detidamente onde se encontra o que é útil e belo, quanto nos custará um artigo de primeira necessidade, um quadro, uma jóia, uma estatueta ou um pano.”

Nesse sentido, era preciso criar uma nova linguagem visual, “progressiva”, como Caldevilla a classificou, por oposição a outra, “imprópria”, recolhida e discreta. Esta preocupação do publicitário foi evidente nos trabalhos gráficos realizados na ETP e, mais tarde, na Empreza do Bolhão, criada em 1923.





Reportagem da RTP1 - Portugal em Direto - de 24 Jan 2018 (clicar no play)





Raul de Caldevilla – Cartazes de Sonho | Sociedade Nacional de Belas Artes – Rua Barata Salgueiro, 36, Lisboa | 23/01 a 12/02 | seg-sex 12h-19h, sáb 14h-20h | entrada livre |



Um abraço e até breve...

sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

Noite de Reis em Vidago

Esta noite celebra-se a "Noite de Reis", e recuando para a década de 70 do século passado, existia em Vidago, um grupo de amigos que, anualmente, se juntavam para cumprirem a tradição de cantar os Reis.

Graças ao sr. Fernando Cadete pela cedência de uma fotografia, ficará para a história da vila de Vidago um registo desta tradição, que actualmente é celebrada por elementos da Casa de Cultura de Vidago. 

Agradeço, também, ao amigo Rui Queirós pela ajuda na identificação correcta dos nomes do grupo e pelo envio de uma das cantigas, escrita e cantada, por este grupo.


                          Reis

                             I
Começando por pedir muita desculpa
Se no conjunto não estamos afinar
Nós caminhantes da noite e bons amigos
À vossa porta estamos para vos saudar

                             II
Mesmo em noite tão fria nada temendo
Com ar agreste e geada pelo chão
Trazemos a todos vós os nossos votos
De feliz ano e paz no coração

                         “Coro”

Festas alegres p´ra todos
E ano próspero também
São os votos deste grupo 
Que este ano aqui vem
Cantar os Reis a vocês
E pedir-vos de beber 
A bela pinga do tinto
E algo para se comer

                              III
Que a saúde vos não falte é o desejo
Que nós aqui a vós vimos formular
Que alegria esteja em vós sempre presente
Que seja um ninho de amor o vosso lar

                                IV
Que o bom Jesus vos conceda muitas graças
Em cada dia da vida que passais
Que o futuro seja sempre em cada dia
De luz e calor humano de Natais

                             “Coro”




Da esquerda para a direita: Mário Teixeira (falecido), Eugénia Magalhães Gonçalves (falecida), Vitor Salvador (falecido), Fátima Roxo, João Aguiar, Helena Queirós, Jorge Roxo, Tó Quim, José Salvador, Fernando Cadete, Rui Queirós e Helder Aguiar.



Recordo, que nesta noite, a pedido do falecido Dr. José Manuel Abreu, este grupo era convidado todos os anos, não só, para cantar os Reis, mas também para cantar os parabéns ao Rui Abreu, filho do Dr. Abreu.






A todos uma boa noite de Reis e manda a tradição comer  romã no dia 6 de Janeiro, porque quem o fará terá abundância todo o ano.


Um abraço e até breve...