20 de Março de 1910, chegava a Vidago o comboio a vapor.
O novo meio de transporte, cada vez com mais adeptos, não só aproximava o campo das cidades como fomentava, mesmo que timidamente, um mercado nacional, enquanto se democratizava um pouco o lazer e o turismo permitindo um acesso crescente das famílias às praias e às termas.
Nas primeiras décadas do século XX a linha férrea expandia-se com a construção de ramais como a conclusão das linhas de Évora, de Portimão, do Sul, de Mora, do Sueste, da Beira Baixa e do Vale do Sado. Também no Norte muitas seriam as linhas que veriam o seu traçado aumentado. Foi o caso da do Corgo, com a abertura do troço entre a Régua e Vila Real, depois em 1907 até às Pedras Salgadas e em 1910 até Vidago. Em 1915, um ano antes de Portugal se ver directamente arrastado para a I Guerra Mundial, a rede ferroviária nacional estava praticamente concluída. E já a ninguém passava pela cabeça prescindir do comboio.
«A máquina a vapor é um domdo céu, um instrumento de progresso legítimo (...)Leva o agasalho e o conforto, a limpeza, a saúde,às choupanas do povo, onde, sem ela, só habitariapor séculos a miséria extrema»Alexandre Herculano
«Sou tão entusiasta pelos caminhosde ferro que, se fosse possível,obrigaria todo o País a viajar decomboio durante seis meses»Fontes Pereira de Melo
1 comentário:
Amigo Júlio Silva.
Este, é sem duvida, o melhor documentário da linha do Corgo, que alguma vez já visualizei!
Uma relíquia, de um valor único, que me conseguiu emocionar.
Durante dois anos fui utilizador desta linha, fazendo o percurso Vidago - Régua, a caminho de Lisboa.
Consegui regressar no tempo.
Parabéns por mais este "tesouro" e por continuares a fazer as pessoas felizes com estas preciosidades!
Forte abraço!
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